Ada Lovelace

Ada Lovelace

Nascida em 10 de Dezembro de 1815, em Byron, foi a única filha do poeta Lord Byron e Anne Isabella Byron. Sua mãe sempre desenvolveu e despertou o interesse por matemática e lógica na filha, por ter a mãe pertencente a mesma área de atuação, e pela tentativa de Anne para desviar a filha das perigosas tendências poéticas do pai – Ada sempre teve bloqueio por parte da mãe para conhecer o pai e não chegou a conviver com Lord Byron, apenas viu um retrato do pai aos 20 anos, o que lhe fez falta na vida, segundo seus relatos pessoais.

Na carreira, Lovelace foi uma matemática e escritora inglesa responsável por ter escrito o primeiro algoritmo para ser processado por uma máquina de Charles Babbage. Na época, Babbage, cientista e também matemático, era responsável pelos esforços na construção e desenvolvimento da Máquina Diferencial, e chamou a atenção de Ada, que desejava contribuir com esses estudos, porém a parceria não ocorreu inicialmente.

Com diversas tentativas de aproximação, Ada conseguiu uma chance com o cientista. Charles entrega um artigo – sobre um seminário que ele abordou os resultados e cálculos da Máquina Diferencial – para traduzir para o inglês e acrescentar seus comentários. Após a finalização da tarefa, Ada obteve um texto maior que o original, surpreendendo Charles. Essas anotações foram publicadas no “The Ladies’Diary”. As notas que foram escritas por Ada foram reorganizadas e classificadas alfabeticamente de A a G, e foi na nota G que estava o primeiro programa/algoritmo de computador do mundo, no qual rendeu a ela o título de primeira programadora da história.

Em artigo publicado no “Boletim BSHM: Jornal da Sociedade Britânica de História da Matemática”, Hollings, Martin e Rice (2017), versam sobre “A educação matemática inicial de Ada Lovelace”, discorrendo sobre as impressões e contribuições de seus contemporâneos, especialmente de seus pares científicos, como Sophia De Morgan, que lembrou que “Miss Byron, por mais jovem que fosse, compreendeu o seu funcionamento e viu a grande beleza da invenção. (De Morgan 1882, 89)

É inegável a contribuição de Ada na área, pois ela acrescentou algoritmos e permitiu a abertura das portas para demais cientistas aprimorarem conceitos e desenvolverem novas tecnologias que possuímos nos dias atuais. Além do seu legado, Ada é a prova da importância das mulheres na programação e desconstrói a ideia da dominação masculina na área desde seu início. Então se conseguimos fazer várias coisas ao mesmo tempo nos computadores, é graças a esta mulher extraordinária chamada Ada Lovelace, considerada “a mãe da computação”.

A Condessa morreu de câncer de útero aos 36 anos de idade, mas seu legado está mais vivo do que nunca. Nossa sociedade não seria repleta de computadores e smartphones, por exemplo, se ela não tivesse sido tão brilhante na elaboração do primeiro algoritmo da história. As notas de Lovelace a respeito da máquina analítica de Babbage foram republicadas em 1953, quase cem anos após sua morte. Essa máquina foi reconhecida como o primeiro modelo de computador já construído, e as notas da matemática ficaram marcadas como a primeira descrição de um computador e de um software.

Ademais, cabe salientar que ela investia em seus estudos e carreira, Lovelace também costumava beber e jogar – hábitos incomuns para as mulheres da época. Portanto, Ada, de certa forma, foi uma pioneira do movimento feminista, mesmo sem ter essa pretensão.

Referências:

Betsy Morais – Ada Lovelace. Disponível em: https://www.newyorker.com/tech/annals-of-technology/ada-lovelace-the-first-tech-visionary. (Acesso em 31/12/2020.)

HOLLINGS, Christopher; MARTIN, Ursula; RICE, Adrian – A educação matemática inicial de Ada Lovelace. Disponível em:

https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/17498430.2017.1325297 (Acesso em 11/12/2020).Derivando a Matemática – Ada Lovelace. Disponível em: http://www.ime.unicamp.br/~apmat/ada-lovelace/ (Acesso em 12/11/2021).

GNIPPER, Patrícia. Mulheres Históricas: Ada Lovelace, a primeira programadora de todos os tempos – Disponível em:https://canaltech.com.br/curiosidades/mulheres-historicas-ada-lovelace-a-primeira-programadora-de-todos-os-tempos-71395/ (Acesso em 12/11/2021).

HostMídia – Saiba quem foi Ada Lovelace e entenda o seu legado. Disponível em: https://www.hostmidia.com.br/blog/saiba-quem-foi-ada-lovelace-e-entenda-o-seu-legado/ (Acesso em 12/11/2021).

George Boole

George Boole  

  

George Boole  nasceu em Lincoln, Inglaterra, no dia 2 de novembro de 1815. Filho de um proprietário de uma pequena loja de sapatos recebeu do pai as primeiras lições de matemática. Frequentou a escola local e interessado por outros idiomas passou a ter aulas de latim com um livreiro local. Aos 12 anos, traduziu os versos de Horácio para o inglês, que foram publicados em um jornal da cidade.

George Boole decidiu também estudar grego. Ao terminar a escola, fez um curso comercial. Aos 16 anos começou a dar aulas e durante quatro anos ensinou em escolas elementares. Buscando melhores perspectivas para o futuro resolveu tornar-se padre e durante os quatro anos em que se preparava para a carreira eclesiástica estudou francês, alemão e italiano.

Boole era brilhante e durante a sua vida escreveu obras com conteúdos ricos que mudariam a história da humanidade. Um grande exemplo, se não for o maior, desse conteúdo, foi a criação da Álgebra Booleana que é a base para o desenvolvimento da computação. Sem Álgebra Booleana não seria possível ter surgido a teoria da relatividade ou as linguagens de programação tão importantes nos dias atuais.

Em ciência da computação, boolean, ou lógico, é um tipo de dado primitivo que possui dois valores, que podem ser considerados como 0 ou 1, falso ou verdadeiro. Chamado Boolean em homenagem a George Boole, que definiu um sistema de lógica algébrica pela primeira vez na metade do século XIX. Ele é usado em operações lógicas como conjunção, disjunção, disjunção exclusiva, equivalência lógica e negação, que correspondem a algumas das operações da álgebra booleana.

Em 1864 ele ficou muito doente após se encharcar sob a chuva ao caminhar até o lugar em que dava aulas. Morreu em 8 de dezembro daquele ano, por um derrame pleural, acúmulo de água nos pulmões. O próprio Boole tinha certa noção do impacto histórico que seu sistema de lógica poderia ter. Em 1851, ele disse a um amigo que a lógica booleana poderia ser a “contribuição mais valiosa, se não a única, que fiz ou que provavelmente farei à ciência, e é o motivo pelo qual desejaria ser lembrado, se é que serei lembrado, postumamente.” E assim aconteceu – como lembra a animação no maior buscador do mundo.
O trabalho de George Boole foi fundamental para a evolução dos computadores, pois, praticamente todas as linguagens de programação possuem o tipo de variável boolean, que pode conter os valores true e false.

Referências:

Só matemática – George Boole. Disponível em: https://www.somatematica.com.br/biograf/boole.php (Acesso 23/11/2021).

G1 – Como matemático inventou há mais de 150 anos a fórmula das buscas no Google.  Disponível em: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2015/11/como-matematico-inventou-ha-mais-de-150-anos-a-formula-das-buscas-no-google.html (Acesso 23/11/2021).

E-Biografia  –  George Boole Matemático inglês. Disponível em: https://www.ebiografia.com/george_boole/ (Acesso 23/11/2021).

Biografia resumida – George Boole: Quem foi, teorias, curiosidades e morte.    Disponível em: https://biografiaresumida.com.br/george-boole/amp/ (Acesso 23/11/2021).

Pioneiros computação – P8 – George Boole. Disponível em: https://sites.google.com/site/pioneiroscomputacao/p-ate1949/p8 (Acesso 23/11/2021).

Donald Ervin

Donald Ervin

Cientista da computação, autor e professor emérito da universidade de Stanford. Knuth é considerado o pai da área “Análise de Algoritmos” e autor da série de livro The Art of Computer Programming, contribuiu para o desenvolvimento e sistematização de técnicas matemáticas, para a análise da complexidade de algoritmos computacionais, criou o sistema de tipográfico TEX, o sistema de criação de fontes METAFONT, além de ser pioneiro do conceito de Programação Literária.

Donald Ervin Knuth nasceu em 10 de janeiro de 1938, em Milwaukee, Wisconsin. Seus pais eram Ervin Henry Knuth e Louise Marie Bohning. O pai de Ervin era professor e lecionava em uma escola luterana. Ele desempenhou um papel importante na vocação do filho. Através de seu pai, ele adquiriu o amor pelo ensino, música e matemática. Ervin tocava órgão na igreja nos cultos de domingo e logo se apaixonou por esse instrumento. Donald frequentou a escola luterana e estudou gramática inglesa com interesse. Daí veio seu amor por investigar a estrutura de frases e linguagens. Durante os primeiros dois anos do ensino médio, seu fascínio por ele mais tarde o levou a escrever códigos para computadores.

Um episódio curioso em sua biografia tem a ver com as palavras “Barra Gigante de Ziegler”. Participou do concurso da fabricante de roupas Ziegler. O objetivo era ver ou descobrir quantas palavras diferentes podiam ser escritas com as letras contidas na frase anterior “Barra Gigante de Ziegler”. Knuth fingiu estar doente por duas semanas e, usando um dicionário, encontrou 4.500 palavras. Os juízes da competição tinham apenas 2.500. Ele comentou depois que, se tivesse usado a apóstrofe, teria encontrado muitos mais. Sua escola se beneficiou de uma televisão e recebeu seu primeiro prêmio.

Ele estudou matemática no Case Institute of Technology, onde também programou software no Centro de Computação. O corpo docente da Case concedeu-lhe o prêmio sem precedentes de um mestrado junto com um bacharelado (bacharelado em ciências) quando ele se formou em 1960. Ele então prosseguiu seus estudos de pós-graduação no California Institute of Technology, onde recebeu em 1963, um Ph.D. grau em Matemática, permanecendo já como doutor naquela faculdade de matemática. Durante esse período, ele também continuou a desenvolver software, como consultor ou assessor da Burroughs Corporation de 1960 a 1968. Ele também foi editor de Linguagens de Programação para publicações ACM durante 1964-1967.

Em 1968, ele veio para a Universidade de Stanford como Professor de Ciência da Computação, onde obteve a primeira cadeira em Ciência da Computação nove anos depois. Como professor, ele foi um pioneiro ao introduzir vários cursos pela primeira vez no currículo de carreira, talvez com destaque para Estrutura de Dados e Matemática Discreta. Em 1993, em vez de se aposentar, ele se tornou o Professor Emérito de The Art of Computer Programming na Stanford University, onde permaneceu nos últimos 25 anos. Dirigiu 28 teses de doutorado ao longo de sua carreira.

Knuth começou em 1962, a preparar alguns livros didáticos sobre técnicas de programação, e esse trabalho tornou-se um projeto ambicioso, ainda inacabado, de sete volumes intitulado The Art of Computer Programming. Os volumes 1-3 apareceram em 1968, 1969 e 1973. Ele os revisou em 1997 e atualmente já produziu o quarto volume de sua série e continua a escrever o restante dos volumes exclusivamente. Dos volumes publicados, aproximadamente um milhão de cópias foram impressas, incluindo traduções em 6 idiomas. Durante 10 anos esteve aposentado deste projeto, dedicado à tipografia digital, desenvolvendo o compilador e a linguagem TeX voltada para a preparação de documentos científicos e principalmente matemáticos, bem como o sistema METAFONT para o desenho de caracteres alfanuméricos. 

Outros subprodutos dessas atividades foram as linguagens WEB e CWEB para documentação estruturada, bem como a metodologia de Programação Literária. O TeX é usado atualmente para produzir a maior parte da literatura científica mundial em física e matemática. O seu trabalho de investigação tem sido fundamental no desenvolvimento de várias subáreas da Ciência da Computação e da Engenharia de Software: Análise LR (k); gramáticas; o chamado algoritmo Knuth-Bendix usado em álgebra universal; estudos empíricos de programas; análise de algoritmos, etc. Em geral, seus trabalhos buscaram e encontraram um equilíbrio entre teoria e prática.

Knuth recebeu o prêmio ACM Turing em 1974 e tornou-se Fellow ou Fellow da British Computer Society em 1980, membro honorário do IEEE em 1982. Ele é Fellow da Academia Americana de Artes e Ciências, da Academia Nacional de Ciências, da Academia Nacional de Engenharia e membro associado da l’Academie des Sciences (Paris) e Det Norske Videnskaps-Akademi (Oslo).

Referências:

Aulas de Computação – o artista da programação de computadores – biografia. Disponível em:

(Acesso em 14/11/2021)

Enrique R. Aznar (departamento de álgebra) – Donald Ervin Knuth. Disponível em: https://www.ugr.es/~eaznar/knuth.htm (Acesso em 14/11/2021)

Rasmus Lerdorf

Rasmus Lerdorf

Rasmus Lerdorf é um programador de computador que nasceu em Qeqertarsuaq, Groenlândia, em 6 de novembro de 1968. Graduado pela King City Secondary School em 1988 e pela Universidade de Waterloo em 1993, ele é bacharel em Ciências Aplicadas em Engenharia de Projeto de Sistemas. Rasmus ocupou vários cargos ao longo dos anos, incluindo passagens pelo Yahoo!, WePay, Etsy e Room77. Ele também trabalhou em vários projetos de código aberto e escreveu a cláusula LIMIT para o servidor Apache HTTP. Mas sua conquista mais significativa, com relação à Internet, é a criação das duas primeiras versões do PHP. Depois de se formar, Lerdorf fez contribuições significativas para os sistemas de gerenciamento de banco de dados relacional como o Oracle Rdb.

Quando os programadores e os conhecedores de tecnologia estavam trabalhando em meados dos anos 90 com seu principal motivo para tornar a internet mais eficiente e rápida, ele foi prejudicado por linguagens como C e Perl. De acordo com Rasmus Lerdorf, criar sites com essas linguagens consumia muito tempo e era necessário criar um novo. Lerdorf, junto com alguns dos redatores técnicos, reuniu suas ideias e as colocou online como uma página HTML. Ele queria dar um passo à frente, apenas quando algumas empresas pedissem esses documentos ou expandissem a ideia e a implementassem na prática.

Ele começou a trabalhar em CGI (interface de gateway comum), desenvolveu algumas bibliotecas, escreveu alguns programas em C e, finalmente, desenvolveu PHP, uma linguagem totalmente nova. Lerdorf criou o PHP (home page pessoal, agora conhecido como pré-processador de hipertexto) em 1994 e, até agora, muitas versões modificadas da linguagem foram lançadas.

De forma generalizada, PHP é uma linguagem de programação projetada para desenvolvimento web e pode ser usada em quase todos os sistemas operacionais. A versão mais recente do PHP é o PHP 7.3 lançado em 6 de dezembro de 2018.

Depois que o PHP se tornou uma linguagem muito conhecida e útil para grandes empresas, Rasmus Lerdorf explicou que nunca teve a intenção de criar uma linguagem de programação, pois não tinha ideia de como construí-la. Ele estava fazendo implementações lógicas para criar algo mais simples do que Perl, e uma coisa levava à outra. Finalmente, após formar uma equipe de tecnologia para auxiliá-lo com a documentação técnica, que seguiu o teste beta, o PHP / FI 2 foi lançado em novembro de 1997.

Em janeiro de 2000, Rasmus Lerdorf ingressou na Linuxcare Inc. como engenheiro de pesquisa sênior e continuou por um ano. Em setembro de 2002, ele ingressou no Yahoo! onde continuou por sete anos, como Engenheiro de Arquitetura de Infraestrutura. Lerdorf disse que, eventualmente, ele ficou cansado e meio desmoralizado trabalhando em uma empresa da web centrada em anúncios, pois isso envolve enganar seus clientes.

Ele ingressou na Room 77 como consultor em 2010 e, então, é tudo sobre WePay e Etsy. Há onze anos que está a trabalhar na Etsy, primeiro como consultor e depois como engenheiro de destaque.

Essa linguagem  reside e executa no servidor central de um sistema, em vez de um cliente remoto que fica na mesa do usuário. Consiste em três elementos ou partes principais. Eles são: PHP Parser- Esta é a parte do sistema que divide a linguagem em unidades sintáticas, converte essas unidades em comandos que o servidor da web pode entender e, em seguida, envia essas conversões para processamento

Servidor da Web – esta parte do sistema executa os comandos PHP convertidos recebidos do PHP Parser e envia os resultados para o navegador da web

Navegador da web – esta parte do sistema aceita a entrada do servidor da web e exibe a saída para o usuário. Hoje, o PHP tem seguidores leals e foi estendido para incorporar muitos novos recursos;

Hoje, o PHP é a linguagem de programação mais usada, sendo usada por sites como Etsy, Wikipedia, Tumblr, Yahoo, Flickr, Facebook e muitos mais.

Com o passar dos anos, muitos recursos foram incorporados ao PHP, mas Lerdorf continua dizendo uma coisa para cada engenheiro emergente por aí: “Para um programador, é muito importante entender C muito bem. Embora ele aceite que, em comparação com linguagens, como Python ou C ++, o usuário precisa se esforçar comparativamente mais usando C, mas é a unidade fundamental de aprendizagem para qualquer programador.”

Rasmus Lerdorf prefere ser conhecido como engenheiro do que programador, porque, segundo o engenheiro, o que mais importa é o produto final e não a jornada até ele. Este engenheiro extraordinariamente excelente não é outro senão o programador mundialmente famoso Rasmus Lerdorf. Em uma de suas entrevistas, Lerdorf disse que programar é muito chato e tedioso, o que é um contraste insignificante com quem ele é e sua ocupação. Depois de lançar o PHP, ele trabalhou com diferentes grandes empresas de tecnologia e, atualmente, está trabalhando com a Etsy.

Referências:

Estudyando, Rasmus Lerdorf e história do PHP – Disponível em: https://pt.estudyando.com/rasmus-lerdorf-e-historia-do-php/ (Acesso em 29/11/2021).

Your Tech Store,  Rasmus Lerdorf: um programador perspicaz e criador do PHP – Disponível em: https://www.yourtechstory.com/2019/09/09/rasmus-lerdorf-insightful-programmer-creator-php (Acesso em 29/11/2021).

Katie Bouman

Katie Bouman

A primeira visualização de um buraco negro parece destinada a revolucionar nossa compreensão de um dos grandes mistérios do universo. E a mulher cujo algoritmo crucial ajudou a tornar isso possível tem apenas 29 anos. Nascida em Indiana, EUA, em 9 de Maio de 1989, é uma Ph.D. em Engenharia Elétrica e Ciência da Computação pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), pós-doutorado no Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e membro no Event Horizon Telescope (EHT). 

Katie foi das principais responsáveis por criar e elaborar um algoritmo capaz de entender milhares de dados astronômicos e decifrar o que era chamado de “invisível”, ou seja, captar imagens do buraco negro. Bouman, trabalhou com uma equipe de 200 pesquisadores que contribuíram para a descoberta, o papel indispensável de Bouman não foi escrito da história – como tantas vezes têm acontecido com mulheres e pesquisadoras 

Os dados usados ​​para reunir a imagem foram capturados pelo telescópio Event Horizon (EHT), uma rede de oito radiotelescópios abrangendo locais da Antártica à Espanha e Chile. O papel de Bouman, quando ela se juntou à equipe que trabalhava no projeto oito anos atrás como pesquisadora júnior de 23 anos, era ajudar a construir um algoritmo que pudesse construir as massas de dados astronômicos coletadas pelo telescópio em uma única imagem coerente.

Embora sua formação fosse em ciência da computação e engenharia elétrica, não em astrofísica, Bouman e sua equipe trabalharam por três anos construindo o código de imagem. Uma vez que o algoritmo foi construído, Bouman trabalhou com dezenas de pesquisadores EHT por mais dois anos desenvolvendo e testando como a imagem do buraco negro poderia ser projetada. Mas foi só em 2019, quando todos os dados do telescópio finalmente chegaram, que Bouman e uma pequena equipe de pesquisadores se sentaram em uma pequena sala em Harvard e colocaram seu algoritmo adequadamente à prova.

Com apenas o apertar de um botão, um anel laranja difuso apareceu na tela do computador de Bouman, a primeira imagem do mundo de um buraco negro supermassivo, e a história astronômica foi feita. Em uma postagem nas redes sociais, Bouman enfatizou os esforços colaborativos que tornaram possível a imagem do buraco negro.

A imagem do buraco negro, capturada pelo Event Horizon Telescope (EHT) – uma rede de oito telescópios interligados – foi renderizada pelo algoritmo do Dr. Bouman.

“Quando vimos pela primeira vez ficamos todos descrentes. Foi bastante espetacular” – disse Bouman -.”Tivemos muita sorte com o clima … Tivemos muita sorte de muitas maneiras.”

Em uma palestra, Bouman disse: “Eu gostaria de encorajar todos vocês a sair e ajudar a ultrapassar os limites da ciência, mesmo que à primeira vista possa parecer tão misterioso para vocês como um buraco negro”.

Após o lançamento da foto, a Dra. Bouman se tornou uma sensação internacional, com seu nome como tendência no Twitter. A Dra. Bouman também foi saudada pelo MIT e pelo Smithsonian nas redes sociais.Com o excelente trabalho da Dra. Bouman e outros que desenvolveram uma série de algoritmos que converteram dados telescópicos em fotos históricas compartilhadas pela mídia mundial fazendo assim receberem aplausos em todo canto do mundo.

Referências

BBC, Katie Bouman: A mulher por trás d a primeira imagem do buraco negro – Disponível em: https://www.bbc.com/news/science-environment-47891902 (Acesso em 29/11/2021).

The Guardian, Katie Bouman: a jovem de 29 anos cujo trabalho levou à primeira foto de um buraco negro – Disponível em: https://www.theguardian.com/science/2019/apr/11/katie-bouman-black-hole-photo (Acesso em 29/11/2021).

Karen Sparck

Karen Sparck

Se hoje conseguimos digitar algo em um site de busca e receber respostas em segundos, é graças a Karen Sparck Jones, que ao invés de tentar ensinar às pessoas a usar um código para a operação dos computadores, como faziam a maioria dos cientistas, Sparck Jones ensinou os computadores a entender uma linguagem comum.

Karen Sparck nasceu em Huddersfield, Yorkshire, Inglaterra. Seu pai foi Owen Jones, um professor de química, e sua mãe Ida Sparck. A norueguesa se mudou para Grã-Bretanha durante a Segunda Guerra Mundial. Sparck Jones estudou em uma escola de gramática em Huddersfield e depois, de 1953 a 1956, no Girton College, Cambridge, onde estudou História, com um ano adicional em Ciências Morais (filosofia). Rapidamente se tornou professora de escola, antes de iniciar sua carreira na Ciência da Computação.

Cientista da computação e tinha como suas especialidades o processamento de linguagem natural e recuperação de informações. Ela contribuiu para o que foi a base de sistemas de busca e localização, denominado de “frequência de documento inversa”, eles analisam os termos que mais aparecem nos textos e os cruzam com um sistema de filtro, mostrando a relevância dos temas para a busca, bem como, atualmente é a estrutura fundamental de companhias como o Google e o Bing, uma vez que criou também o protocolo STP (Spanning Tree Protocol).

A estatística interpretação da especificidade do termo e sua aplicação na recuperação, Journal of Documentation, que é quase ubiquamente usada como parte da medida de importância de várias palavras contidas em documentos na busca de informações. (A palavra em inglês ‘the’, por exemplo, é muito sem importância, pois ocorre essencialmente em todos os documentos em inglês, tendo, portanto, alta frequência de documentos e baixa frequência inversa de documentos.). Ela também foi presidente da Association for Computation Linguistics.

Ela é considerada a “mãe da internet” e sempre foi engajada nas causas feministas e defensora da maior inclusão das mulheres na computação, cunhou uma frase que ficou conhecida: “a computação é muito importante para ser deixada aos homens”.

Sparck Jones morreu de câncer aos 71 anos, em 2007, no condado de Cambridgeshire. Pouco antes de morrer, ela disse em uma entrevista à Sociedade Britânica de Computação que “qualquer coisa que aplica indexação ponderada usando qualquer informação estatística estará usando uma função de ponderação que eu publiquei em 1972.” Em 2008, a mesma sociedade criou o prêmio Karen Sparck Jones, que reconhece pesquisadores na área de recuperação de informação.

Cabe salientar, que até hoje, pesquisadores ainda aplicam as fórmulas criadas por ela. Algumas das ideias e teorias que ela desenvolveu têm começado a ser colocadas em prática em pesquisas sobre inteligência artificial.

Referências:

Revista Galileu – Conheça Karen Sparck Jones, criadora do conceito dos sites de busca. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/amp/Tecnologia/noticia/2019/02/conheca-karen-sparck-jones-criadora-do-conceito-dos-sites-de-busca.html(Acesso em 24/1/2021).

Geek Feminism – Karen Spärck Jones. Disponível em: https://geekfeminism.fandom.com/wiki/Karen_Sp%C3%A4rck_Jones (Acesso em 24/11/2021).

Justiça de saia – Conheça Karen Sparck Jones, Criadora do conceito dos sites de busca. Disponível em:http://www.justicadesaia.com.br/conheca-karen-sparck-jones-criadora-do-conceito-dos-sites-de-busca/ (Acesso em 24/11/2021).

As garotas ENIAC

As garotas ENIAC

No final da Segunda Guerra Mundial, o exército dos Estados Unidos tinha uma missão insólita longe dos campos de batalha: calcular a trajetória de mísseis desde o momento em que saíam dos canhões até atingirem seus alvos. E no auge da guerra, com um poder de fogo cada vez maior, esses cálculos eram cada vez mais necessários.

Por isso, o exército começou a recrutar pessoas formadas em matemática de todo o país para realizar as complexas equações diferenciais que traçaram a rota dos mísseis. E com a maioria dos homens lutando ou trabalhando em outras funções de guerra, essas pessoas eram todas mulheres. Seu título oficial era computer, “computadora”.

Pertencentes a um grupo de pesquisa, Kathleen McNulty, Jean Jennings, Frances Synder, Marlyn Wescoff, Frances Bilas e Ruth Lichterman, foram as seis mulheres matemáticas selecionadas para programar o primeiro computador totalmente eletrônico, conhecido como ENIAC (Electrical Numerical Integrator and Computer). Sem software, linguagem de programação, sistema Operacional ou livros de suporte, além de colocar a máquina para funcionar e desenvolver alguns protocolos que são utilizados até hoje, elas também tiveram influência na criação de sistemas de “salvamento” de configurações e preferências, sistemas informatizados para a realização do censo americano, a invenção do teclado numérico, entre outros. 

Quando a Segunda Guerra Mundial terminou, as mulheres que estavam ocupando postos de trabalho normalmente destinados aos homens foram aconselhadas a voltar a suas casas e deixar as vagas abertas aos homens que estavam voltando da guerra. As programadoras do ENIAC jamais ouviram essa sugestão, pois eram formadas em uma época em que a maioria dos homens sequer ia à faculdade e o exército sabia que eram fundamentais para levar o projeto além dos cálculos balísticos.

O ENIAC funcionou durante 10 anos e Francês, Jean, Ruth, Kathleen, Betty e Marlyn tornaram-se as primeiras programadoras profissionais, as primeiras professoras da programação moderna e as inventoras de ferramentas que abriram caminho para o software como conhecemos hoje.

Referência:

LF Bittencourt – as programadoras do ENIAC apagadas da história da computação. Disponível em: https://lfbittencourt.com/mulheres-programadoras-eniac-b68503ef05f6/ (Acesso em 14/11/2021)

“As dez mulheres mais importantes da história da tecnologia – Internet” https://canaltech.com.br/amp/internet/as-dez-mulheres-mais-importantes-da-historia-da-tecnologia-59485/

“Artigo – Celebrando a Informática e as Mulheres Computadoras Eletrônicas” https://www.seesp.org.br/site/index.php/comunicacao/noticias/item/19495-artigo-celebrando-a-informatica-e-as-mulheres-computadoras-eletronicas

Guido Van

Guido Van Rossum

Matemático, programador de computadores e desenvolvedor da linguagem de programação Python, linguagem legível, menos complexa e que permite aos desenvolvedores criarem com menos linhas, apesar de não ser tão antiga, Python já influenciou suas linguagens, como JavaScript e Swift.

Guido van Rossum nasceu em 31 de janeiro de 1956 na Holanda, onde cresceu e recebeu o grau de mestre em matemática e ciência da computação pela University of Amsterdam em 1982. Guido trabalhou posteriormente para vários institutos de pesquisa, como o Dutch Centrum Wiskunde & Informatica (CWI), United Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos Estados (NIST) e também Corporação para Iniciativas de Pesquisa Nacionais (CNRI). 

Em 1999, Guido apresentou uma proposta de financiamento à Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA), chamada de Programação de Computador para Todos, na qual Guido definiu ainda mais seus objetivos para o Python: Código tão compreensível quanto o inglês simples; Código aberto, para que todos possam contribuir com seu desenvolvimento; Adequação para as tarefas diárias, para permitir tempos de desenvolvimento mais curtos; Linguagem fácil e intuitiva tão poderosa quanto outros concorrentes importantes.

“Agora, acredito que Python é muito mais fácil do que ensinar programação aos alunos e ensiná-los C ou C ++ ou Java ao mesmo tempo, porque todos os detalhes das linguagens são muito mais difíceis. Outras linguagens de script realmente não funcionam muito bem lá também. ”

Guido van Rossum

Na conferência FOSDEM de 2002 que foi em Bruxelas, Guido recebeu o Prêmio 2001 para o Avanço do Software Livre da Free Software Foundation (FSF) por seu valioso trabalho em Python. Ele também recebeu também o prêmio NLUUG em 2003. Em 2006, Guido foi reconhecido como Engenheiro Distinto pela Association for Computing Machinery.

Na comunidade Python, Van Rossum é conhecido como BDFL (Benevolent Dictator for Life), o que significa que ele continua supervisionando o processo de desenvolvimento do Python e sempre tomando decisões quando necessário. Ele trabalhou no Google de 2005 a 2012, onde passou metade de seu tempo desenvolvendo a linguagem de programação Python. Em 2013, Guido começou a trabalhar para o Dropbox até 2019.

Python agora é uma linguagem de programação de alto nível e de uso geral amplamente usada. A filosofia de design do Python poderia enfatizar a legibilidade do código, e a sintaxe poderia permitir que os programadores expressassem seus conceitos em menos linhas de código do que era possível em outras linguagens como C ++ ou Java. Python fornece construções destinadas a permitir programas claros em pequena e grande escala.

O nome de Python é derivado de uma série de televisão chamada “Monty Python’s Flying Circus”, de acordo com Guido. A linguagem é comum para usar as referências do Monty Python em seu código de exemplo. Como exemplo, as variáveis ​​metas sintáticas que são frequentemente usadas na literatura Python são “spam e ovos”, em vez do tradicional “foo e bar”. A documentação oficial do Python também costuma conter várias referências obscuras do Monty Python.

Atualmente, o Python é uma tendência mundial no mundo das pessoas que desenvolvem, já que pode ser aplicado em diferentes cenários, como: Data Science, aplicações web, desenvolvimento Back-End, criação de jogos e scripts.

Em 2020, Van Rossum, aos 64 anos anunciou que não pretende desfrutar de uma aposentadoria tranquila como faria um grande programador de sua idade.  Ele optou por deixar suas malas na Microsoft.

“Decidi que me aposentar era chato e entrei para a divisão de desenvolvedores da Microsoft. Para fazer o que? Muitas opções para dizer! Mas com certeza vai melhorar seu uso de Python (e não apenas no Windows :-). Há muito código aberto aqui. Veja este espaço”, disse Van Rossum

Referências:

 Atura Cursos –  Python: A origem do nome. Disponível em: https://www.alura.com.br/artigos/python-origem-do-nome (Acesso em 24/11/2021).

Linux Net – Guido van Rossum, o criador do Python, junta-se à Microsoft. Disponível em: https://blog.desdelinux.net/pt/guido-van-rossum-el-creador-de-python-se-une-a-microsoft/ (Acesso em 24/11/2021). 

Unix Men – Guido van Rossum The Python Creato. Disponível em: https://www.unixmen.com/guido-van-rossum-python-creator/ (Acesso e, 24/11/2021).

Margaret Heafield

Margaret Heafield Hamilton

Margaret nasceu em Indiana em 17 de agosto do ano de 1936. Estudou Matemática no Earlham College no estado de Indiana (EUA) em 1958, e foi lá também que conheceu seu marido James Cox Hamilton, com o qual posteriormente teve uma filha chamada Lauren. Margaret fez pós-graduação em Meteorologia e lecionou matemática por alguns anos, para o ensino médio.

Decidida a fazer uma nova pós graduação, dessa vez em matemática pura, escolheu a Universidade Brandeis para essa conquista, assumindo uma posição interina no MIT na sequência, onde foi chamada para desenvolver programas de predição climatológica em computadores pitorescos.

Podemos dizer que o homem somente conseguiu chegar à Lua graças a uma mulher. Isso porque quando faltavam apenas três minutos para o pouso no satélite natural da Terra, vários alarmes do módulo lunar começaram a tocar, e o computador ficou sobrecarregado com atividades do radar de aproximação. No entanto, a arquitetura robusta do software desenvolvido por Hamilton permitiu que o sistema continuasse funcionando ao priorizar as atividades essenciais, interrompendo as menos importantes, pois a desenvolvedora, que tinha escrito o código, sabia exatamente como ele seria capaz de ser manipulado emergencialmente para que a nave da Apollo 11 realizasse o pouso. E essa falha não foi da equipe de desenvolvimento: posteriormente, uma investigação mostrou que o problema aconteceu devido a um erro humano na lista de comandos a serem executados pelos astronautas.

Além de ter executado um papel crucial para que a NASA conseguisse levar o ser humano pela primeira vez à Lua (tendo sido também a estreia do homem em qualquer corpo celeste que não fosse a Terra), acredita-se que Margaret Hamilton tenha inventado o termo “engenharia de software” para definir sua área de atuação. Ela também foi uma das desenvolvedoras dos conceitos de computação paralela, priority scheduling, teste de sistema e capacidade de decisão com integração humana, tais como mostradores de prioridade – que se tornaram o fundamento do design de software ultra confiável.

Publicou ao longo de sua carreira mais de 130 artigos, atas e relatórios relacionados aos sessenta projetos e seis programas científicos dos quais participou. Pela importância de seu trabalho com a NASA, a agência espacial realizou um gesto inédito em 2003, quando deu à Hamilton o NASA Exceptional Space Act Award for Scientific and Technical Contributions – uma premiação concedida apenas a cientistas de alto gabarito –, juntamente com um prêmio de mais de 37 mil dólares. Essa foi a primeira (e única!) vez que a agência espacial dos EUA deu um prêmio em dinheiro para alguém.

Margaret Hamilton possui um legado incrível e acima de tudo, deu um grande passo para a conquista das mulheres no âmbito computacional.

Referência:

CanalTech – Mulheres Históricas: Margaret Hamilton criou o programa de voo da Apollo. Disponível em:

https://canaltech.com.br/amp/internet/mulheres-historicas-margaret-hamilton-criou-o-programa-de-voo-da-apollo-11-78811/

(Acesso em 24/11/2021).

Grace Murray

Grace Murray

Grace Hopper nasceu em Nova Iorque em 1906 e era a mais velha de três irmãos. Sendo uma criança inteligente e curiosa, estimulada pelos pais a estudar com as mesmas oportunidades de seus irmãos homens, aos sete anos desvendou o funcionamento de um despertador. A partir daí, seu interesse pelas ciências exatas só cresceu, até que a futura analista de sistemas se graduou em Matemática e Física em 1928, concluindo seu mestrado na Universidade de Yale em 1930. Alguns anos depois, com o Ph.D em Matemática conquistado, Hopper teve sua dissertação “Novos Critérios de Irredutibilidade” publicada e então começou a ensinar Matemática em instituições especializadas.

Esta norte-americana obteve um doutorado em Matemática por Yale em 1934 e, quando os EUA entraram na Segunda Guerra Mundial, abandonou seu trabalho de professora de matemática e ingressou na Marinha.

Após o fim da guerra, Hopper tornou-se pesquisadora no corpo docente de Harvard em 1949, ingressou na Eckert-Mauchly Corporation, dando continuidade a seu trabalho pioneiro em tecnologia de computação. Hopper esteve envolvida na criação do UNIVAC, o primeiro computador digital totalmente eletrônico. Ela inventou o primeiro compilador de computador, um programa que traduz instruções escritas em códigos que os computadores lêem diretamente. Este trabalho a levou a co-desenvolver o COBOL, uma das primeiras linguagens de computador padronizadas O COBOL – que é utilizada até os dias de hoje por diversas empresas em todo o mundo –  Hopper habilitou os computadores a responder  palavras além de números, como também, deu muitas palestras sobre computadores, dando até 300 palestras por ano. Ela previu que um dia os computadores seriam pequenos o suficiente para caber em uma mesa e que pessoas que não eram programadores profissionais os usariam em sua vida cotidiana.

Seus feitos contribuíram significativamente para o avanço da tecnologia computacional. Em 1954, Grace Hopper foi nomeada a primeira diretora de programação automática da companhia onde trabalhava, e seu departamento foi responsável por divulgar algumas das primeiras linguagens de programação baseadas em compiladores. Em 1973, Hopper foi nomeada capitã da Marinha norte-americana e aposentou-se em 1986 como contra-almirante.

Hopper também foi responsável pela criação do termo “bug”. A invenção do termo teria surgido quando Grace tentava encontrar onde estava um problema em seu computador. Quando o descobriu, ela teria visto um inseto morto dentro da máquina – e acabou chamando o problema de “bug” que, em português, significa “inseto”. Por esses feitos Grace é conhecida como pioneira da computação, “Rainha da Codificação” e “vovó COBOL”. 

O trabalho de Hopper com computadores não só ganhou atenção nacional, mas ela foi reconhecida internacionalmente. Em 1973, Hopper foi nomeada membro ilustre da British Computer Society, a primeira e única mulher a deter o título.

Grace Hopper foi Matemática, física, militar e líder no desenvolvimento de programas para os primeiros computadores, da linguagem de programação Flow-Matic e chegou a falecer em janeiro de 1992 aos 85 anos de idade. Por ser uma mulher cuja relevância em seu setor é inegável, desde 1994 é realizado em sua honra o congresso Celebration of Women in Computing, que anualmente celebra os feitos das mulheres no mundo da computação.

Referências:

Canaltech – Mulheres Históricas: conheça a história de Grace Hopper, a “vovó do COBOL” – Internet. Disponível em: https://canaltech.com.br/amp/internet/mulheres-historicas-conheca-a-historia-de-grace-hopper-a-vovo-do-cobol-72559/ (Acesso 23/11/2021).

El País – Grace Hopper, a mulher que tornou a linguagem do computador mais humana. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/23/ciencia/1519391635_401299.html (Acesso em 23/11/2021).

Women’s history museum – Grace Hopper. Disponível em: https://www.womenshistory.org/education-resources/biographies/grace-hopper (Acesso em 23/11/2021).