Grace Murray

Grace Murray

Grace Hopper nasceu em Nova Iorque em 1906 e era a mais velha de três irmãos. Sendo uma criança inteligente e curiosa, estimulada pelos pais a estudar com as mesmas oportunidades de seus irmãos homens, aos sete anos desvendou o funcionamento de um despertador. A partir daí, seu interesse pelas ciências exatas só cresceu, até que a futura analista de sistemas se graduou em Matemática e Física em 1928, concluindo seu mestrado na Universidade de Yale em 1930. Alguns anos depois, com o Ph.D em Matemática conquistado, Hopper teve sua dissertação “Novos Critérios de Irredutibilidade” publicada e então começou a ensinar Matemática em instituições especializadas.

Esta norte-americana obteve um doutorado em Matemática por Yale em 1934 e, quando os EUA entraram na Segunda Guerra Mundial, abandonou seu trabalho de professora de matemática e ingressou na Marinha.

Após o fim da guerra, Hopper tornou-se pesquisadora no corpo docente de Harvard em 1949, ingressou na Eckert-Mauchly Corporation, dando continuidade a seu trabalho pioneiro em tecnologia de computação. Hopper esteve envolvida na criação do UNIVAC, o primeiro computador digital totalmente eletrônico. Ela inventou o primeiro compilador de computador, um programa que traduz instruções escritas em códigos que os computadores lêem diretamente. Este trabalho a levou a co-desenvolver o COBOL, uma das primeiras linguagens de computador padronizadas O COBOL – que é utilizada até os dias de hoje por diversas empresas em todo o mundo –  Hopper habilitou os computadores a responder  palavras além de números, como também, deu muitas palestras sobre computadores, dando até 300 palestras por ano. Ela previu que um dia os computadores seriam pequenos o suficiente para caber em uma mesa e que pessoas que não eram programadores profissionais os usariam em sua vida cotidiana.

Seus feitos contribuíram significativamente para o avanço da tecnologia computacional. Em 1954, Grace Hopper foi nomeada a primeira diretora de programação automática da companhia onde trabalhava, e seu departamento foi responsável por divulgar algumas das primeiras linguagens de programação baseadas em compiladores. Em 1973, Hopper foi nomeada capitã da Marinha norte-americana e aposentou-se em 1986 como contra-almirante.

Hopper também foi responsável pela criação do termo “bug”. A invenção do termo teria surgido quando Grace tentava encontrar onde estava um problema em seu computador. Quando o descobriu, ela teria visto um inseto morto dentro da máquina – e acabou chamando o problema de “bug” que, em português, significa “inseto”. Por esses feitos Grace é conhecida como pioneira da computação, “Rainha da Codificação” e “vovó COBOL”. 

O trabalho de Hopper com computadores não só ganhou atenção nacional, mas ela foi reconhecida internacionalmente. Em 1973, Hopper foi nomeada membro ilustre da British Computer Society, a primeira e única mulher a deter o título.

Grace Hopper foi Matemática, física, militar e líder no desenvolvimento de programas para os primeiros computadores, da linguagem de programação Flow-Matic e chegou a falecer em janeiro de 1992 aos 85 anos de idade. Por ser uma mulher cuja relevância em seu setor é inegável, desde 1994 é realizado em sua honra o congresso Celebration of Women in Computing, que anualmente celebra os feitos das mulheres no mundo da computação.

Referências:

Canaltech – Mulheres Históricas: conheça a história de Grace Hopper, a “vovó do COBOL” – Internet. Disponível em: https://canaltech.com.br/amp/internet/mulheres-historicas-conheca-a-historia-de-grace-hopper-a-vovo-do-cobol-72559/ (Acesso 23/11/2021).

El País – Grace Hopper, a mulher que tornou a linguagem do computador mais humana. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/23/ciencia/1519391635_401299.html (Acesso em 23/11/2021).

Women’s history museum – Grace Hopper. Disponível em: https://www.womenshistory.org/education-resources/biographies/grace-hopper (Acesso em 23/11/2021).